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22 de jun. de 2010

Trecho no XV Painel Performático


Na semana passada, dia 17 de junho de 2010, estivemos dançando no XV Painel Performático da Escola de Dança da UFBA. Apresentamos uma remontagem da coreografia Trecho que foi criada em 2005, primeiríssimo trabalho do Grupo CoMteMpu's, quando ainda nem sabíamos bem o que queríamos. Remontar a coreografia cinco anos depois foi muito legal. Muitas pequenas mudanças acabaram levando a um outro clima.... Trecho está mais divertido, diríamos... talvez porque hoje acreditamos mais. Divertido então, talvez, não fosse a palavra mais apropriada, mas usaremos essa por enquanto.
Uma coisa que percebemos é que os tempos realmente são outros. Há cinco anos atrás quando apresentamos essa coreografia no mesmo evento da Escola de Dança, no V ou VI Painel Performático, o que fazíamos era estranho, deslocado... hoje Trecho já não gera tanto estranhamento. As psoas conseguem dialogar com o trabalho e diríamos que se sentem até bem confortáveis. Engraçado, porque não fazem tantos anos assim; apenas 5. Mas, vejam bem, o contexto de Salvador naquela época (HA HA HA...) era bem distinto de hoje. Quase não haviam grupos mantendo pesquisas continuadas. Grupo de alunos da Escola de Dança quase não existiam... tinham ocorrências / pílulas de éter: pessoas que se juntavam pra montar um trabalho pro painel e se desfaziam. Em 2005, grupos na Escola éramos somente nós, CoMteMpu's, e o GDC (Grupo de Dança Contemporânea da UFBA) - esse último que não é gerido por alunos e sim uma cia. instituicional. Hoje há mais grupos, coletivos e cias que brotam por todos os lados. Mais gente produzindo muitas coisas próximas e distintas, outro contexto político em Salvador, outra Dança acontecendo, enfim... uma complexa rede faz com que a recepção e o juízo estético sejam outros.

De qualquer sorte, a experiência de remontar foi um luxo. Trouxe os nossos queridos Victor Hugo e Lucimar Cerqueira de volta às zezices. Não sabemos por quanto tempo ainda, mas eles estão por aqui.

Trecho foi uma coreografia criada durante um momento de desespero em 2005. Já estávamos cerca de 4 meses, ou um pouco mais, nos encontrando periodicamente e nada se concretizava em cena ou proposições de. Como todo grupo que começa, queríamos ter algo, mostrar algo e nada vinha a mente. Num dado dia após um ensaio frustrante a eureka chegou às 21 horas e 40 minutos, precisamente... 20 para às dez horas... 21 e 40, 09 e 40... enfim. Cada celular tinha seu horário.
Assim nasceu Trecho que foi apresentado em dezembro de 2005 no Painel e na Escola de Biologia da UFBA, num dos eventos organizados pelo PIA-CUCA da Une. Essas apresentações de Trecho eram entendidas como Laboratórios de Recepção de nossas propostas, que acabaram por guiar o restante do processo de criação do espetáculo Obras de uma carta anônima... (2006). Passaram-se alguns meses e, quando vimos, estávamos estreando o espetáculo em 21 de março de 2006.
Trazer toda a história a tona outra vez ajuda-nos a reconhecer rastros ainda presentes. Mesmo bem distinta da nossas mais recentes produções, a coreografia já denunciava muitos dos nossos interesses atuais. Na atual montagem, revisitamos e modificamos coisas e aproveitamos outras. Houveram coisas totalmente novas. O Figurino então... outra coisa. Sobreposições altamente compartilhadas. Luxo, luxo! Carol Diniz ficaria orgulhosa de nós. Rs.
Pois, pois... A remontagem de Trecho foi mais uma etapa da nossa "Zezostalgia" (comemoração íntima aos cinco anos do CoMteMpu's) e também faz parte da remontagem do espetáculo Obras de uma carta anônima... (2006) que irá estrear no dia 14 de julho na Sala do Coro do TCA, através do projeto Quarta que Dança da FUNCEB. A pretenção é que fiquemos em cartaz por mais tempo, mas por enquanto não conseguimos pauta para...
Mas é isso: vamo que vamo!




ps.: esquecemos de fazer qualquer tipo de registro da apresentação... Roubamos essas fotos do Orkut de Lia Sffogia (então profa. da Escola de Dança). Gracias Lia!!

3 comentários:

sRG disse...

ai!
pausa para a calça de linho que Eros estava usando... luxo duas vezes e super Dança Contemporânea.
rs

~ana pi~ disse...

que orgulho!
muito bacana relembrar toda essa història,
eu vi o primeiro trecho, uhuuuu :*
beijo de boa: merdeeee para o qqdança!

Eros Ferreira disse...

nunca foi um dançarino aquele que não foi para a cena em uma calça de linho...


hauhauhauhauahuahuahah!


tire onda...