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23 de abr. de 2011

Impressões de Viral, Star Uó e "Funceb, dá 'qui meu dinheiro!"

Logo quando começamos a tal #campanha viral, no iniciozinho, era somente divertido... uma maneira simples de movimentar o blog e nossos perfis em redes sociais ao passo que também reuníamos nossos registros e trans ou hiper-dimensionávamos nossas experiências. Pouco tempo depois, surgiu uma ligeira preocupação: para onde vai todo esse monte de coisas que estamos postando? Que farão das fotos e das referências? Restituirão as autorias? Onde estão as autorias, os selos, as assinaturas? etc.

Um bando de preocupações de quem está acostumado a trabalhar com um modelo de mercado que sacraliza nossas formas de se relacionar com as nossas próprias experiências, registros e o outro (arrivant). Uma espécie de "ética-corrompida" ou ainda "ética-clausurada" que nos força a se preocupar com a manutenção dessa própria ética forjada. Jogo por jogo, não tem fundamento outro. A experiência da relação ou inventividade dela, então, escorre pelo ralo... como se relacionar-se tornara-se mera reprodução de um modelo desgastado de como, nesse nosso caso, um grupo deve aparecer ou produzir sua imagem. Quer-se, 'em perjúrio', controlar as referências e hiperlinks, mesmo sabendo que nada disso é possível e também não nos basta para lidar com a equação "eu X outro".

[dilacerar-se, colagem, aglutinação e perda, disseminação...]

Nesse sentido, a campanha viral tem me feito pensar ainda mais em novas possibilidades, ainda que diminutas, de relacionar-se: pela perda de si. Tanto faz para onde essa contaminação se espalha e quais desdobramentos se tomam. Já nem se sabe ou se importa mais de onde parte o vírus. Pouco importa se vão copiar as fotos, picotar os vídeos ou até mesmo se os comentários atenderão as expectativas [ou ainda se haverão comentários]. É tão jogo por jogo como sempre parece ter sido. Por que estamos fazendo isso? Pelo jogo de fazer-relação, talvez. Ou ainda, para ver até onde vai.

No meio de tantas programações do mês da Dança rolando na cidade, um bando de zezas e outros tantos avatars resolvem gastar horas em frente a um computador espalhando informação, imagem, dado qualquer sobre uma suposta crença ou várias crenças ao redor de seu pensar-fazer artístico e todos seus suplementos [523 coisas], para se manter em atividade, alimentando desejos, enquanto a tal, prometida, Manutenção de Grupos não sai.

muito foi feito e a impressão de que poderiamos estar ainda agora em "outro ritmo", mais favorável, se não fossem as "panes internas" do sistema de repasse de verba do governo do estado (modelo certo+entendimento errado de funcionamento=modelo desgastante).

mas é isso. o espantoso perfil do CoMteMpu's no facebook [ http://www.facebook.com/comtempus] também é uma particula do que é o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's - Linguegens do Corpo, aprovado no Edital de Manutenção de Grupos Artísticos - FUNCEB. a campanha #viral se fez (faz) presente no mês da dança talvez como teimosia daqueles que não estão nada alegres com a lentidão que vem se arrastando os processos dos editais de cultura em nosso estado. e outras campanhas estão surgindo, e tem que ser assim. mesmo. até não precisar mais...

[disse Eros num comment anterior]

No meio do caminho [tinha uma pedra], fomos descobrindo, que outros tantos se juntam frente a uma câmera qualquer, segurando uma vela, pedindo atenção pelo seu trocado suado ou suor trocado que nunca chega: "FUNCEB, cadê meu dinheiro?" - assim proferiram tantos pelos seus perfis onlines. E vejam só, de repente um movimento pode estar acontecendo, de fato, viral.

"Star Uó" juntou-se a tudo isso e Darth Vader (é assim Eros?) veio das estrelas colaborar com nosso apelo-viral. Reforço estelar, intergalático [como sugeriu Naia no face] para repensar juntos tudo que se fala de política cultural ou até mesmo sobre a tal ética-clausurada-corrompida que falávamos no começo desse texto ruim-de-butiquim.

Governo, artistas, sociedade civil, pessoas em geral: existem interessados nesse(s) assunto(s)?

[câmbio.. 1, 2, 3... mim casa!]

Giltanei Amorim, do Coletivo Quitanda, registrou no seu perfil no Facebook nota esclarecedora sobre a campanha "FUNCEB, cadê meu dinheiro?", muito engajada por ele. No seu texto, indignado, diria, se não, puto (não se enganem com a docura das palavras), Gil convoca:


Àqueles que se identificam com esse movimento ou que mais do que isso, se reconhecem nessas condições calamitantes, peço que somem forças ao movimento, visto que não podemos continuar reclamando apenas nos nossos cafofos artísticos. Se na Grecia o facebook foi potente, quem sabe se, aqui na Bahia, ele não poderá amaciar o coração dos nossos queridos e estimados gestores? Para aqueles que não acreditam na força dessa ferramenta, aceitamos nome no açucar ou no dendê, visto que acarajé a gente compra na Dinha, mas agilizar a liberação dos recursos só pedindo aos Santos e a Deus.


Talvez com reza não saberemos e pitada de humor, talvez. Podíamos estar roubando ou matando, mas não, estamos todos fazendo nossas pequenas ações para não ficarmos parados. Star uó é divertido. Gera coisas novas. Acontece. Então vamos fazendo, né? Quem conseguir desdobrar mais, tá valendo...


[ps.: agora, vum'bora FuNCEb, dá 'qui meu dinheiro!?]
ps2.: normas é o car... as citações são roubadas...
ps3.: esse texto vai mudando ou jogo dos 7 erros...

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