Mera coincidência com a poetisa de mesmo nome, mas aqui, “SAFO” vem de se safar: escapar, resistir, desviar, escorrer entre linhas e sobreviver em um ambiente onde já não se resolve ser contra ou favor, marginal ou centro, academia ou botequim.
Pulverizam-se os heróis, os contra-heróis e os anti-heróis. Posturacorpodiscursos se [des]fazem a cada situação apresentada: vestir, desnudar, agir, gritar, mover – tanto faz. Imagens se colam num discurso hiper-dadá onde tudo cabe.
Nesse ambiente a coerência não busca aproximar-se da realidade, ou se opor a ela. Tudo é um grande acordo onde nada mais importa além da sustentação e mobilidade da imagem-corpo. Assim dizemos em coro:
Tanto faz – pelo não-fazer, pela não-defesa, pelo silêncio, pela amoralidade, pela tensão que não se concretiza, pela promiscuidade, pelo deboche, pela indolência, pelo não se importar, pelo ruído, pelo desnecessário e pela simples provocação – porque é isso que se espera de nós.
Para que ser um homem bomba se posso ser um “homem-chabú”: que cria alarde, fede a pólvora queimada, incomoda, mas não despedaça o próprio corpo?
Imagemcorpodiscursoprovocadorobjetoritualdançacoisamultilingueideosabotagemverycrazypeople.
Enfim, fizemos “mó” safadeza!
------
------
2 comentários:
febril, por dentro, de tensão...
ayy
carai...
Postar um comentário