CONFIRA A ENTREVISTA COM PEBA!

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20 de mar. de 2009

[o absurdo, a "B"urocracia, o adiamento]

Meus caros,

acreditem. Depois de sete meses de espera após aprovação no Yanka Rudska 2008, ainda não foi repassado o recurso, e infelizmente não nos vêm outras palavras, que não sejam o clichê: UM ABSURDO!!!

Tantas cartas, emails, telefonemas...

Resultado??? O recurso só será liberado "até" o fim de abril! Sem data específica... ou seja, fiquemos olhando todos os dias as contas. Daqui "até" lá (o fim de abril) para saber quando vem. Porém todos sabemos também, que nesses casos, é quase certo que "até o fim de abril = 30 de abril e não procure dia 29" (mais uma vez, seria possível dizer "absurdo"?).

Quando procuramos a FUNCEB e questionamos, a resposta é sempre a mesma: - olha, já não está nas nossas mãos e sim na Secult. É tudo uma questão burocrática, mas vocês têm toda razão e entendemos.

O engraçado desse discurso é que as pessoas se ausentam da burocracia, como se fosse uma questão somente de papéis, planilhas, relatórios, pareceres... esquecem que quem as/os digita, organiza, assina, elabora, analisa, ordena, etc. são elas mesmas, as pessoas. Peguem no dicionário online (de forma prática), para ver se estamos corretos:

"borocracia
....................................................................................................................................
do Fr. bureaucratie
s. f.,
modo de administração em que os assuntos são resolvidos por um conjunto de funcionários sujeitos a uma hierarquia e regulamento rígidos, desempenhando tarefas administrativas e organizativas caracterizadas por extrema racionalização e impessoalidade, e também pela tendência rotineira e pela centralização do poder decisivo; classe dos funcionários públicos, especialmente os funcionários do Estado."


Ou seja, a tal "burocracia" é um problema das pessoas que estão lá e como elas se organizam. Pessoas que protelam os processos; pessoas que priorizam o carnaval e passam mais de 5 meses fazendo isso; pessoas que aparecem e desaparecem como pingo de éter (cada dia uma surpresa... já nem sabemos mais a quem procurar quando ligamos); pessoas que muito educadamente, sempre justificarão de forma bem estruturada como e porquê as coisas não andam (a burocracia) etc.

Assim dizemos: burocracia=pessoas.

Enquanto isso, nós, artistas, grupos (in)dependentes, especificamente, de Dança, ficamos por aí, acreditando ser possível (e fazemos ser!). No nosso caso, CoMteMpu's, sempre fizemos independente das burocracias de Estado, produzindo e pesquisando com ou sem edital. Mas claro que com uma bomba dessas bate o sentimento de adiamento, mãos atadas, descaso, desrespeito, e mais o quê pudermos sentir, e com direito a.

A "B"urocracia (já a referindo como uma entidade, de letra maiúscula) disse-nos que: depois de seis meses sem contrato ou qualquer termo de acordo ou compromisso, finalmente assinaríamos o TAC, e assim o fizemos no dia 16/02/09. Nele há uma série de responsabilidades ao contratante e o contratado, estabelecidos também pela "B"urocracia.

O engraçado do engraçado é que essa mesma burocracia diz, no tal TAC assinado, que o contratante se compromete a repassar a verba em até 30 dias após a assinatura do termo. Hoje dia 20, já sabemos que ainda nos resta mais um mês de espera.

Assim, chegaremos a oito meses rapidinho, e, se brincarmos, um ano. Vale recordar que o resultado do edital Yanka Rudska 2008, foi publicado no Diário Oficial do Estado da Bahia do dia 22 de Agosto de 2008.

Além dos repasses dos editais, ainda frisamos também que a divulgação dos resultados, pareceres, respostas às cartas enviadas, solicitações de reunião, tudo, infelizmente no governo tem andado em adiamento.

(...)

Irritados, porém mantendo a calma, ainda assim, ligamos pra tentar entender. Mesmo já sabendo que a entidade "B"urocracia seria invocada, contestamos e afirmamos também: "absurdo mesmo". De mãos atadas, estamos nos movimentando, se posicionando e mantendo nossas atividades.

Agora convocamos aos artistas e interessados a se movimentar também. Entender que o quê relatamos aqui é um problema maior, que sai de nossas fronteiras. Já também é um clichê, porém ainda é necessário perguntar: quanto está parado com o atraso desses editais, repasses, respostas, entre outros diálogos com o governo? Quantos teatros, coreógrafos, assistentes, diretores, buffet para estréia, floristas, gráficas, armazéns, cenógrafos, figurinistas, bailarinos, criadores, críticos em Dança, costureiras, maquiadores, sonoplastas, iluminadores, compositores, bilheteiros, videomakers, casas de mídias, vendedores ambulantes nas portas dos teatros, público... quanto é atingido? Quantas agendas, planejamentos, desejos terão que ser largados ou desfeitos pelos grupos contemplados? Quanto da arte e da cultura será tocada por atrasados tão extensos e rapidamente justificados pela tal expressão "uma questão burocrática" ou puramente, a já aqui acordada, a entidade "B"urocracia?

Enfim colegas, convidamos a todos a refletir sobre. Desde já informamos que também outros grupos e artistas contemplados estão se posicionando, e, juntos, estamos nos organizando para irmos até a SECULT, para mais que pressionar, nos fazer-mos presentes. Para que lembrem de nós...
Conversando com outros artistas envolvidos diretamento com o problema, percebemos que o ideal seria uma mobilização para ainda essa semana.
Interessados em contribuir, busquem-nos e vamos juntos.

ZEZAS
Grupo CoMteMpu's

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